Todo mundo tem aquele plano para o futuro: ter um filho, comprar um carro, uma casa, viajar, estudar, empreender, viver bem a última parte da vida... a lista pode ser longa. E, apesar de sabermos que são planos que precisam de dinheiro para ser concretizados, dificilmente conseguimos estimar quanto precisamos para realizá-los.
Nas palavras de Márcia Dessen, planejadora financeira e colunista do jornal Folha de S.Paulo, planejar o futuro é separar “nem muito, nem pouco, mas o suficiente” de recursos. Ou seja, é entender quanto dinheiro será destinado para realizar algo lá na frente, mas sem comprometer o presente.
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A planejadora financeira afirma que organizar a vida – e, em seguida, as finanças – permitirá às pessoas garantirem um futuro confortável e com qualidade de vida. E, para explicar, ela usa um exemplo bem simples: uma caixa-d’água.
Pense que essa caixa-d’água armazena todo o dinheiro que você quer ou precisa gastar e que ela tem várias torneiras.
As de entrada podem ser representadas pelo salário (que um dia acaba ou diminui), investimentos, benefícios sociais (como aposentadoria) e outros ativos.
As de saída são os nossos gastos. Como Dessen explica, as torneiras que diminuem o nível de dinheiro da caixa são abertas em fases diferentes. Segundo ela, esses custos podem ser divididos em três: estilo de vida do presente, estilo de vida futuro e despesas ocasionais, que ocorrem a partir de eventos não esperados.
Do ponto de vista do planejamento financeiro, diz a especialista, o que importa é saber o que que vai acontecer com a quantidade de dinheiro dentro dessa a caixa-d’água. Ao longo de toda a trajetória de vida, preze pelo equilíbrio. Nem muito, nem pouco, mas o suficiente, como falado no início do texto.
“O conselho é estimar o que vai acontecer com o nível de dinheiro da sua caixa ao longo do tempo, assegurar que as finanças vão por um bom caminho e fazer os ajustes necessários para não faltar nem sobrar, ter o suficiente para viver a vida, do jeito que quiser viver, até o fim”, conclui Dessen.