A boa dica é: enquanto estiver ouvindo música, aproveite para cantar. Isso porque um novo estudo, baseado em uma meta-análise que abrange 26 pesquisas, publicado na revista JAMA Network Open, aponta que cantar provoca os mesmos benefícios que a prática de exercícios.
Os pesquisadores desse estudo afirmam que “evidências crescentes apoiam a capacidade da música de promover amplamente o bem-estar e a qualidade de vida relacionada à saúde”.
Pesquisas anteriores já apontaram que participar de um coral pode ajudar as pessoas a se recuperarem de um câncer. A correta realização de exercícios de aquecimento e desaquecimento vocal pode evitar impactos negativos na voz, retardando a presbifonia - perda da flexibilidade, resistência e força e o surgimento da rouquidão.
“A prática do canto, seja de forma individual ou em corais, especialmente quando há possibilidade de acompanhamento com um professor, pode ser muito benéfica e ajuda a evitar a presbifonia”, sugere Juliana Fernandes Godoy, professora do Departamento de Fonoaudiologia da UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte).
Segundo Léslie Piccolotto Ferreira, professora do Departamento de Teoria e Métodos em Fonoaudiologia e Fisioterapia da PUC-SP, “as alterações da voz podem apresentar diferentes graus, de acordo com o organismo de cada pessoa e dependem de condições genéticas, de saúde geral e de uso vocal ao longo da vida”.
No geral, especialistas esperam que estudos como esse incentivem os profissionais de saúde a prescrever algum tipo de musicoterapia com mais frequência. “Pesquisas futuras são necessárias para esclarecer as intervenções e doses ideais de música para uso em cenários clínicos e de saúde pública específicos”, concluem os autores.
Então, cante! Porque o canto já é recomendadíssimo na prevenção do envelhecimento vocal.
