Quando o assunto é longevidade, uma coisa é certa: a educação financeira é indispensável para conseguirmos tomar decisões que façam essa jornada ser o mais segura e confortável possível. Saber (e agir para) construir uma vida longeva ajuda não apenas na construção da qualidade de vida futura, mas também na realização de sonhos e projetos.
Porém sabemos que essa experiência relacionada ao uso consciente de dinheiro não se conquista do dia para a noite. Por isso, este texto vai falar sobre alguns aspectos da educação financeira que poderão ser úteis para uma melhor percepção sobre como começar agora a investir o seu dinheiro para colher os frutos lá na frente.
E por que falamos tanto em futuro? Porque estamos cada vez mais caminhando em direção à longevidade.
Dados do IBGE, compartilhados na pesquisa Oldiversity, indicam que, em 2019, a expectativa de vida ao nascer no Brasil era de 76,6 anos. Desde 1940, quando inicia a série histórica, já ganhamos 31 anos a mais de vida.
A questão que o Viva Longevidade sempre traz é: como queremos e como vamos viver esses anos a mais?
O estudo do Grupo Croma mostra que 85% da população está preocupada em como se manter no futuro. Quando o recorte é feito para o público que já vive a longevidade (os 61+), esse número cai um pouco, mas ainda se mantém alto: 80%. Você também se sente assim?
Para quem quer, então, começar um pé de meia, sabemos que há dúvidas sobre o tipo de investimento e como se planejar.
Com o intuito de promover a educação financeira para todos, o Banco Central do Brasil tem em seu site um “Caderno de educação financeira/gestão de finanças pessoais”. O documento traz conhecimentos básicos sobre o tema para quem quer começar a investir ou gerenciar melhor sua renda para tomar as melhores decisões.
Abaixo, confira três conceitos importantes que você deve saber antes de decidir onde, quando e quanto investir pensando em sua longevidade.
O que é preciso saber antes de investir?
Cada pessoa tem um perfil de investimento, definido de acordo com a “disposição [da pessoa] para aceitar riscos, sua preferência por liquidez e expectativa de rentabilidade”, afirma o documento do Banco Central.
Os perfis de investidor são divididos em:
- Conservador — mais inclinado a investimentos de menor risco.
- Moderado — busca um equilíbrio entre rentabilidade e segurança.
- Arrojado (Agressivo) — aceita correr riscos para uma melhor rentabilidade.
Descobrir qual é o seu perfil é um passo inicial para entender qual tipo de aplicação é a mais adequada aos seus objetivos. Seria uma espécie de orientação.
Em seguida, o próximo passo é avaliar a aplicação. Isso significa buscar a maior quantidade possível de informações: do registro na Comissão de Valores Mobiliários à reputação da instituição envolvida na aplicação.
Agora que você já tem conhecimento do perfil e da aplicação desejada, qual é o objetivo desse investimento? Faculdade? Casa própria? Viagem? Abrir um negócio? Financiar a sua longevidade?
Como afirma o Banco Central, “objetivos diferentes podem implicar em modalidades diferentes de investimentos, aceitar ou não riscos diferentes e necessidades diferentes de liquidez”.
Por último, é o prazo de aplicação. Será mais fácil defini-lo quando você define o objetivo.
Quais as modalidades mais comuns de investimento?
Os investimentos em aplicações podem ser:
- Renda fixa: o cálculo da remuneração é definido assim que o dinheiro é aplicado. Seria como emprestar um valor a uma pessoa e, depois de um prazo estabelecido, receber a quantia acrescida de juros. Aqui, há chances do risco de crédito e de mercado.
- Renda variável: é um investimento que não há como saber qual retorno ele terá assim que o dinheiro é aplicado. Por exemplo, se você compra uma ação de uma empresa, espera-se que ela tenha bons resultados para que você tenha uma maior remuneração.
Por que planejar a aposentadoria?
Buscar os objetivos e investir neles é refletir também sobre o momento da aposentadoria. A cartilha do Banco Central cita três motivos para você aplicar pensando no seu futuro.
1. Aumento da expectativa de vida: a expectativa é que, até 2050, os brasileiros vivam mais de 80 anos. Então é bom se preparar para, até lá, saber como prover qualidade de vida.
2. Aumento do custo de vida: com o passar da idade, o custo para vivê-la aumenta. Daí a importância de ter um planejamento para o futuro e investir (não só financeiramente) na sua saúde.
3. Concretização de sonhos: empreender, fazer uma viagem inesquecível (quando pudermos voltar a passear por aí) ou até mesmo estudar. Todos esses planos são opções para quem chega à longevidade. Para colocá-los em prática, será preciso entender todos os custos que envolvem esses objetivos.