Um grupo de cientistas liderado por Tyler VanderWeele, da Universidade de Harvard, e Byron Johnson, da Universidade Baylor, apresentou em abril deste ano a segunda onda de resultados do, The Global Flourishing Study, em tradução livre: Estudo Global sobre o Florescimento.
Em um artigo sobre esse estudo, escrito para a revista científica The Conversation, o doutor em psicologia, Victor Counted explica que os pesquisadores preferem usar a palavra florescimento no lugar de felicidade ou sucesso, para definir um estado multidimensional de bem-estar. Esse estado envolve emoções positivas, engajamento social, relacionamentos, significado de vida e realização.
Segundo ele, “florescer não se trata apenas do seu bem-estar e de como você se sente internamente. É sobre toda a sua vida ser boa, incluindo as pessoas ao seu redor e o lugar onde você vive. Fatores como sua casa, sua vizinhança, sua escola ou local de trabalho e seus amigos são todos importantes.”
A pesquisa acompanha mais de 200 mil pessoas durante cinco anos (entre 2022 e 2027), em 22 países (incluindo o Brasil) de diferentes culturas e condições geográficas, cobrindo os seis continentes. Os cientistas buscam descobrir quais padrões de bem-estar parecem ser universais e quais são culturais.
As questões incluíram seis domínios: felicidade, saúde física e mental, sentido e propósito, caráter e virtude, relações sociais próximas, além de segurança financeira e estabilidade material, abrangendo 40 indicadores. Os participantes foram agrupados por idade, sexo, estado civil e condição migratória.
Conheça alguns dos resultados das duas primeiras ondas do estudo, apresentados por pontuações que variam de 0 a 10:
Quem se sente mais satisfeito: jovens ou adultos?
Na soma de todos os países, pessoas com mais de 50 anos estão mais satisfeitas com a sua vida do que os mais jovens. O índice de florescimento dos entrevistados entre 18 e 49 anos foi de 7,03, contra 7,36, das pessoas com 80 ano ou mais.
O futuro do florescimento
Segundo um dos líderes do estudo, Tyler J. VanderWeele, diretor do Programa de Florescimento Humano na Universidade de Harvard, embora esse estudo já tenha trazido muitos aprendizados, ainda há muito a ser feito, principalmente coletando mais dados de cada país e aprofundando a análise desse material. Afinal, o objetivo desse estudo é gerar subsídios para que as nações promovam o florescimento de suas populações.
O Estudo Global Sobre Florescimento lança luz sobre o que importa pra humanidade quando se trata de viver bem, e o quanto as nações estão atentas a isso.