Um artigo da revista Harvard Health lembra que há muitas pesquisas mostrando que as áreas do cérebro responsáveis pelo desempenho cognitivo são maiores em pessoas que se exercitam do que naquelas que não praticam atividade física.
Um novo estudo mostra que praticar exercícios de intensidade moderada por, pelo menos, seis meses, pode aumentar o volume de regiões cerebrais ligadas à memória e ao raciocínio.
O professor-assistente de Neurologia da Faculdade de Medicina de Harvard, doutor Scott McGinnis, sugere adotar a prática de exercícios físicos como se fosse um medicamento.
A dose prescrita por ele é uma atividade de intensidade moderada, como uma caminhada rápida, por, no mínimo, 150 minutos por semana. Para quem não está se exercitando regularmente, ele orienta começar com alguns minutos e ir aumentando de 5 a 10 minutos a cada dia.
Confira dicas da matéria “Atividade física para todas as idades: dicas e benefícios” do blog Viva a Longevidade, com recomendações do Ministério da Saúde.
Atividade Física na Medicina do Futuro
Por enquanto, a prescrição do doutor McGinnis de atividade física como um medicamento é uma metáfora, mas cada vez mais estudos apontam que num futuro próximo, vamos poder utilizar exercícios físicos como terapia para o sistema nervoso.
Um estudo da Universidade de Illinois Urbana-Champaign revelou um mecanismo que pode explicar por que os exercícios melhoram nosso desempenho cerebral.
Os músculos estão conectados ao cérebro por meio de uma rede de células nervosas, presentes no tecido muscular. Quanto mais nos exercitamos, mais cheio de nervos fica o músculo trabalhado. O que essa pesquisa mostra é que esses músculos repletos de células nervosas produzem e transportam diversas substâncias que melhoram a função cerebral, como proteínas e hormônios. Poderíamos dizer que é como se fabricassem um coquetel para o cérebro.
Segundo uma matéria publicada na revista NeuroScience, essa descoberta é importante porque pode ajudar a criar tratamentos para manter nosso cérebro saudável, principalmente, à medida que envelhecemos.
Outro estudo publicado na revista Advanced Healthcare Materials também segue a mesma linha, e sugere que a conexão entre músculos e nervos pode mostrar caminhos para novos tratamentos neurológicos.
Mas não precisamos esperar esse futuro para colher os ganhos da atividade física como ferramenta de bem-estar, e adotá-la desde já como hábito para a vida toda.
Agora é com você!
Que tal iniciar com uma caminhada leve ainda hoje? A atividade física regular pode ser o impulso que sua memória e bem-estar estavam precisando. Dê o primeiro passo e inclua esse hábito na sua rotina.
Seu corpo e sua mente vão agradecer!