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Dia dos Namorados: o que a ciência diz sobre o amor

No Dia dos Namorados, entenda como o amor funciona no cérebro, como surgem os vínculos afetivos e por que relacionamentos são essenciais à nossa evolução.

Dia dos Namorados: o que a ciência diz sobre o amor

No Dia dos Namorados celebramos o amor em sua fase de paixão, um afeto avassalador que nos faz acreditar no “felizes para sempre”. Quando nos casamos, ele perde intensidade para ganhar profundidade. Independentemente de suas nuances, sabemos quando estamos amando, mas é quase impossível definir esse sentimento.

Afinal, o que é o amor?

A antropóloga evolucionista Anna Machin, do Departamento de Psicologia Experimental da Universidade de Oxford, na Inglaterra, dedica sua vida acadêmica ao estudo das relações humanas afetivas.

Para ela, quanto mais se tenta responder o que é o amor, mais complexa fica a questão. Primeiramente, as pessoas não amam da mesma forma; além disso, o significado do “amor” varia dependendo dos povos e dos períodos históricos, conforme podemos ver em romances, peças, filmes, séries e nos livros didáticos.

Mas tem um lado desse afeto que não é nada subjetivo.

Segundo Machin, em termos de Ciência, pode-se afirmar que “amor é um suborno biológico da evolução”, para que possamos investir e manter relacionamentos, que são essenciais para a reprodução da nossa espécie.

Em seu livro “Why We Love: The New Science Behind Our Closest Relationships” – em tradução livre: “Por Que Amamos: A Nova Ciência Por Trás Das Nossas Relações Mais Próximas” –, a antropóloga mostra que nós somos a espécie mais cooperativa do planeta, desenvolvemos redes sociais sofisticadas por sobrevivência. Em grupo, é mais fácil nos protegermos, encontrarmos comida, construirmos abrigos e criarmos filhos – que, no caso dos humanos, demoram anos para ficar de pé e falar.

Para a pesquisadora, que estuda o amor entre casais, pais, filhos e amigos, um dos principais ganhos desses laços é o aprendizado social. Ao formarmos vínculos com outras pessoas ou grupos, fomos criando uma rede de informações cada vez mais sofisticada, o que permitiu nossa evolução na Terra. E essas conexões são explicadas por hormônios, que atuam como neurotransmissores, que operam tanto na atração inicial por outra pessoa quanto na longevidade das relações.

No momento da atração, a ocitocina facilita a formação de vínculos. Já a dopamina, ligada ao sistema de recompensa, motiva a conquista. Na lista de Machin também consta a serotonina, como o neurotransmissor que nos deixa apegados ao outro.

Porém, segundo Machin, os efeitos desses neurotransmissores não duram muito tempo. E aí entra o elemento químico presente nos relacionamentos mais duradouros: a beta endorfina, que nos leva a crer que não podemos viver sem o outro.

Essas evidências bioquímicas mostram como o corpo se comporta nos jogos amorosos, mas não revelam o que fazer para fortalecer esse sentimento. O que sabemos é que quanto mais cultivamos o amor, mais chances ele tem de florescer.

Em uma  entrevista online, Anna Machin disse: “Não subestime o poder de seus relacionamentos, não ignore onde o amor está em sua vida e certifique-se de nutri-lo”.

Então, aproveite o Dia dos Namorados para contribuir para a longevidade do seu relacionamento. É o nosso cuidado com o outro que pode beneficiar ainda mais essa relação. Pequenos gestos de cuidado e presença constroem grandes histórias de amor.

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