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ActionsCom que frequência devo fazer um check-up?
Especialistas falam do intervalo entre os exames e quais os mais indicados a se fazer.
A prevenção de doenças é um caminho muito mais eficiente para a promoção da saúde do que os tratamentos médicos. De acordo com um estudo da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), realizado em 34 países, para cada dólar investido em prevenção, quatro são economizados em serviços de saúde.
E tem mais: segundo o British Medical Journal, 37 milhões de mortes prematuras poderiam ser evitadas mundialmente até 2025 se as pessoas aderissem a um estilo de vida mais saudável.
Esses números demonstram que investir em prevenção – como hábito particular ou como política pública – é uma prática saudável em muitos sentidos, tanto clínica como economicamente. Significa deslocar recursos para remediar problemas e alocá-los na promoção de qualidade de vida, agora e para o futuro. Cuidar da alimentação, praticar atividades físicas regularmente, não fumar, beber moderadamente, ter qualidade e quantidade adequada de sono, manter a vacinação em dia: tudo isso faz parte da prevenção em saúde.
Uma outra maneira de entrar para o time da prevenção é marcar consultas médicas e fazer exames regularmente, rotina que ficou conhecida popularmente como "fazer um check-up". Se você ainda não adotou esse hábito ou até já fez uma bateria de exames mas nunca repetiu, pode estar se perguntando: "de quanto em quanto tempo devo fazer um check-up?"
Todos buscam uma resposta simples para essa pergunta. Não há receita pronta, mas em pessoas saudáveis, com menos de 49 anos, sem doenças crônicas - como diabetes e hipertensão -, a sugestão é passar por consultas regulares no máximo a cada dois ou três anos. A orientação é do cardiologista Roger Oliveira, do Hospital Oswaldo Cruz. "Dos 50 anos em diante, ou se a pessoa é portadora de alguma doença crônica antes dessa idade, o recomendável é se consultar com um médico anualmente.”
A importância do check-up é, principalmente, ter um acompanhamento regular em relação à saúde, estabelecendo um vínculo com o médico. A partir daí, paciente e médico traçam estratégias para prevenção de doenças e manutenção da saúde. Estudos indicam que a formação de vínculo entre paciente e médico é um fator que melhora a qualidade de vida de pacientes, incluindo aqueles com doenças que envolvem tomadas de decisão complexas (cuja recomendação é serem feitas por paciente e médico em conjunto) e estressantes ao longo do tratamento, como o câncer.
Para a maioria dos pacientes, o termo check-up costuma ser relacionado ao check up cardiológico que compreende os seguintes exames: teste ergométrico, ecocardiograma, eletrocardiograma, Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial (MAPA), Holter, cintilografia, angiotomografia de coronárias, etc. Há também quem relacione o check-up aos exames de sangue básicos, frequentemente solicitados pelos médicos, como hemograma, função renal, função hepática, eletrólitos, hormônio tireoidiano, ácido úrico, colesterol e frações, perfil glicêmico e dosagem de vitaminas.
O cardiologista Roger Oliveira explica que não há uma regra geral em relação aos exames, avaliações e orientações que devem fazer parte de um check-up, mas sugere uma série de itens que devem ser individualizados de acordo com a condição clínica de cada um:
Avaliação de risco cardíaco
- Avaliação e orientações dietéticas,
- Orientações para cessar o tabagismo,
- Controle de pressão, diabetes, colesterol, obesidade,
- Recomendação para realização de atividade física regular.
Prevenção de Câncer
- Screening para detecção de câncer de pele, mama, próstata, cervical e colorretal,
- Orientações para cessar o tabagismo,
- Recomendação para realização de atividade física regular,
- Controle de peso,
- Recomendação para que a dieta seja pobre em gorduras saturadas ou trans,
- Consumo de álcool moderado,
- Uso de protetor solar.
Vacinação (considerando necessidades de cada paciente)
- Influenza,
- HPV,
- Hepatite B,
- Recomendação de outros tipos de vacina, sempre de acordo com a necessidade Sorologia/Detecção,
- Hepatites,
- HIV,
- Outras DSTs (se necessário).
Com as recomendações em mão e a pergunta na cabeça, apenas uma pessoa pode responder a essa dúvida: seu médico. Invista na relação com ele para que a pergunta e os exames sejam mais frequentes.
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