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ActionsAbril Azul Claro: é preciso falar e entender sobre o autismo
A campanha deste mês destaca a importância do conhecimento sobre o autismo para inclusão.
Já falamos por aqui de várias campanhas que contam com cores diferentes para cada mês com o objetivo de conscientizar a população sobre diversas doenças, exames e prevenções.
Nesse mês, o Abril Azul Claro trata-se da campanha de conscientização do autismo, o Transtorno do Espectro Autista (TEA), e isto porque a Organização das Nações Unidas (ONU), escolheu o dia 02 de abril como o Dia Mundial de Conscientização do Autismo.
Uma curiosidade: a cor azul foi escolhida porque o autismo atinge muito mais os meninos do que as meninas, fato que a ciência ainda não consegue explicar.
Uma pesquisa recente publicada pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (Centers for Disease Control and Prevention - CDC) mostra que para cada 1 menina com TEA, há 4 meninos.
A importância da campanha Abril Azul Claro
Tendo como foco conscientizar a sociedade sobre o autismo, uma condição neurológica que afeta a capacidade de comunicação, socialização e comportamento de uma pessoa, a campanha Abril Azul Claro busca promover a inclusão e o entendimento do autismo, desmistificando estereótipos e preconceitos.
O objetivo Abril Azul Claro
A campanha visa sensibilizar a população sobre as necessidades e desafios enfrentados pelas pessoas autistas.
Além disso, busca incentivar a inclusão dessas pessoas na sociedade, seja no ambiente escolar, profissional ou em outras esferas da vida.
Entender sobre o autismo é fundamental para poder ajudar.
Essa campanha é fundamental para ampliar o conhecimento sobre o autismo e estimular a pesquisa científica na área, visando desenvolver novas formas de diagnóstico, tratamento e apoio às pessoas com autismo e suas famílias.
Os pais precisam estar sempre atentos aos sinais do transtorno, quanto mais cedo for a criança diagnosticada, maior será a probabilidade de sucesso do tratamento. Quando iniciado antes dos 3 anos de idade, o índice de melhora chega a 80%.
Podemos citar diversos sinais de alerta do autismo:
- Ações repetitivas
- Sensibilidade a sons
- Rotina ritualizada
- Repetição de falas que acabou de ouvir
- Expressão emocional limitada
- Aversão a contato físico
Há também indicadores importantes que merecem destaque:
- Interação social: A criança com autismo costuma dar mais atenção a brinquedos e objetos do que a pessoas, além de ter maior resistência na interação com os tutores.
- Linguagem: O atraso de linguagem, tanto verbal quanto não verbal, é um sinal de alerta a ser investigado com mais profundidade. No primeiro ano, é comum que a criança com autismo ignore os sinais de fala, emita gritos aleatórios ou que tenha crises de choro duradouras.
- Brincadeiras: As crianças portadoras de TEA preferem brincar sozinhas, focando sua atenção em um objeto específico.
Além desses indicadores notáveis, é importante lembrar que o fato da criança expressar afeto, demonstrar sensibilidade e compreensão das emoções, não exclui o diagnóstico de TEA.
É possível que as pessoas cheguem à fase adulta e não saibam que convivem há anos com o TEA (Transtorno do Espectro Autista). Isso se deve ao fato de esses indivíduos não manifestarem características moderadas ou severas do distúrbio.
Quando o autismo é identificado na infância, o tratamento começa cedo, o que ajuda a melhorar as habilidades sociais, contribuindo no desenvolvimento das crianças.
Na vida adulta, esse processo tende a ser feito com mais dificuldade, mas, apesar dos desafios, deve ser realizado.
Se não tratar o autismo, os sintomas dessa condição podem comprometer algumas áreas da vida, como a social e a profissional.
Como é confirmado o diagnóstico de autismo
Nas crianças, é geralmente confirmado por um pediatra ou neuropediatra, levando em consideração o comportamento da criança e o relato dos pais e outros profissionais, como professores e psicólogos, por exemplo. Também podem ocorrer exames como a avaliação neuropsicológica e testes auditivos
Nos adultos, o diagnóstico pode ser um pouco mais difícil, porque o autismo pode ser confundido com outros transtornos, como ansiedade ou déficit de atenção, timidez ou mesmo uma “esquisitice” da pessoa. Neste caso, é importante consultar um neurologista ou psiquiatra.
Conheça os níveis de autismo, o Transtorno do Espectro Autista (TEA)
Atualmente não se usa mais a classificação baseada em graus, mas sim a avaliação dos níveis de suporte necessários para a pessoa com TEA.
Os níveis de suporte são avaliados com base na necessidade de suporte em três áreas principais: comunicação social, comportamento e interesses restritos e repetitivos.
Nível 1 - As pessoas com TEA nesse nível precisam de ajuda em algumas áreas como interações sociais, mudanças de rotina e comunicação.
Nível 2 - As pessoas com TEA nesse nível precisam de suporte significativo em áreas como comunicação, interações sociais e comportamento.
Nível 3 - As pessoas com TEA nesse nível precisam de suporte constante e substancial em áreas como comunicação, interações sociais e comportamento.
É importante lembrar que cada pessoa com TEA é única e apresenta diferentes necessidades de suporte. Portanto, os tratamentos devem ser individualizados e adaptados para cada caso.
É essencial que a sociedade apoie e participe da campanha Abril Azul Claro, para ajudar a garantir que as pessoas autistas recebam a compreensão, o respeito e a inclusão que merecem.